ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 03-4-2013.

 


Aos três dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Derly, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Christopher Goulart, Clàudio Janta, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 047/13 (Processo nº 0725/13), de autoria do vereador Elizandro Sabino; o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/13 (Processo nº 0962/13), de autoria da vereadora Lourdes Sprenger; o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/13 e o Projeto de Resolução nº 001/13 (Processos nos 0699 e 0520/13, respectivamente), de autoria do vereador Waldir Canal. Também, foi apregoado o Ofício nº 429/13, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 015/13 (Processo nº 1214/13). Após, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia de hoje, em Porto Alegre: s/nº, do vereador Cassio Trogildo, no evento Prefeitos de Porto Alegre – Cotidiano e administração da capital gaúcha entre 1889 e 2013; nº 024/13, de autoria do vereador Engº Comassetto, no Grande Expediente Especial “30 anos da Lei de controle de agrotóxicos e biocidas no RS”, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 066 e 067/13, do senhor Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt, Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sétima, Décima Oitava e Décima Nona Sessões Ordinárias e da Primeira Sessão Extraordinária. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Christopher Goulart, Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha, Idenir Cecchim, Sofia Cavedon e Reginaldo Pujol. Às quinze horas e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às quinze horas e doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quatro minutos. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 030/13, de autoria da vereadora Any Ortiz, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, em visita oficial do senhor Luciano Azevedo, Prefeito de Passo Fundo, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mario Fraga, solicitando Licença-Luto do dia vinte e sete de março ao dia de hoje. Em Votação Nominal, foi votado o Projeto de Lei do Legislativo nº 114/12 (Processo nº 1211/12), com Veto Total, o qual obteve dois votos SIM, dez votos NÃO e três ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os vereadores Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Christopher Goulart, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Manfro e Paulo Brum e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Thiago, Séfora Mota e Valter Nagelstein, votação essa declarada nula pelo senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezesseis horas e nove minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram: o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/13, discutido pelo vereador Marcelo Sgarbossa, os Projetos de Lei do Legislativo nos 053, 016 e 017/13, estes dois discutidos pelo vereador Clàudio Janta, os Projetos de Lei do Executivo nos 013, 014 e 012/13, este discutido pela vereadora Sofia Cavedon. Ainda, os vereadores Delegado Cleiton e Alberto Kopittke pronunciaram-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Tarciso Flecha Negra, Fernanda Melchionna e Idenir Cecchim. Também, o vereador Engº Comassetto formulou Requerimento verbal, solicitando encaminhamentos para realização, neste Legislativo, de debate com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA –, acerca do Conduto Forçado Álvaro Chaves. Durante a Sessão, os vereadores Clàudio Janta, Pedro Ruas, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna e Idenir Cecchim manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e oito minutos, constatada a inexistência de quórum, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Sofia Cavedon e Mauro Pinheiro e secretariados pela vereadora Sofia Cavedon. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Christopher Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CHRISTOPHER GOULART: Exmo. Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Exmas. Sras. Vereadoras, Exmos. Srs. Vereadores, quero saudar também todos que nos assistem neste momento pela TVCâmara neste primeiro pronunciamento depois do dia 1º, quando tive a honra e o privilégio de assumir o mandato. Quero, antes de qualquer coisa, fazer um reconhecimento público, quero fazer uma referência muito especial ao Presidente desta Casa, Ver. Dr. Thiago, que teve a sensibilidade, a grandeza de proporcionar um momento único, um momento diferenciado nesta Casa Legislativa, com a presença dos Ministros do Governo João Goulart. Eu tenho certeza, Ver. Dr. Thiago, de que o trabalhismo de raiz do Rio Grande do Sul cumprimenta-o efusivamente pela sua iniciativa, pela sua grandeza e pela sua vontade de aprofundar esse debate público, essa contribuição da Casa Legislativa para a população em referência a este momento que diz respeito ao cinquentenário do Golpe Civil Militar. É aprofundar as causas da derrocada do Presidente João Goulart, evidentemente não trazendo nenhum tipo de ranço, de rancor, mas fazendo com que a população, de uma forma geral tenha noção, tenha acesso, tenha envolvimento sobre aquele programa de governo de fundamental importância para a população brasileira. Essa é a intenção. Gostaria de saudar e cumprimentar também todos os Vereadores desta Casa de forma muito carinhosa, manifestando também meus agradecimentos pela acolhida. É uma honra poder aprender, poder participar, poder, de alguma forma, estar presente na vida de tantos expoentes, tantas lideranças deste Município com quem certamente terei um enorme e imenso aprendizado. Na minha modesta concepção, nós estamos sempre aprendendo até o último dia de nossas vidas e também, eventualmente, contribuindo com a nossa formação, com os nossos posicionamentos, sempre respeitando, jamais levando questionamentos ou divergências do campo político para o campo pessoal. É neste sentido que me apresento para a sociedade, para os Vereadores desta Casa: sempre com a ideia do diálogo, da conciliação, do respeito às instituições democráticas e, acima de qualquer coisa, buscando uma convergência e uma qualificação do debate político, principalmente voltado para os problemas da Cidade de Porto Alegre.

Gostaria de aproveitar a ocasião para fazer uma apresentação, sem o caráter formal de segunda-feira, para o público em geral, para as pessoas que nos assistem, para a população e para estes Vereadores, mostrando um pouco do nosso perfil e da conduta que levaremos em todos os momentos aqui nesta Casa que tanto orgulha toda a população de Porto Alegre.

Iniciamos essa trajetória carregando uma marca histórica, mas, obviamente, estando aqui ocupando a tribuna, representando os interesses da população de Porto Alegre. Digo que estaremos diretamente envolvidos com os problemas e questões diárias da população de Porto Alegre, tais como as questões da Saúde, da Segurança, da mobilidade urbana... Quero, até segunda-feira, envolver-me diretamente com as questões práticas para, quem sabe, Deus queira, eu possa fazer um breve relato sobre as necessidades e assimilações que colherei na cidade de Porto Alegre.

Gostaria de dizer ainda que protocolei um projeto que diz respeito à denominação do ano de 2014 como Ano das Reformas de Base, aproveitando essa motivação histórica. O aprofundamento desse debate será alusivo ao País inteiro; portanto, o meu primeiro projeto é nesse sentido, tem esse teor, tem esse condão histórico, conforme falei, para um maior debate das questões que envolvem as reformas estruturais e institucionais do País. Quero, para concluir, citar a seguinte frase, pela qual tenho muito apreço: “A gente não vai sem medo, a gente vai apesar do medo”. É dessa forma que pretendo caminhar, dessa forma que pretendo construir minha trajetória política. Muito obrigado a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16 e público presente nas galerias. Ver. Janta, infelizmente, na quarta-feira da semana passada, a nossa Sessão, logo no início, não prosseguiu por falta de quórum, a pedido do Ver. Cecchim. Coincidência ou não, era o dia em que o nosso Prefeito José Fortunati viria à Câmara entregar o Balanço das Finanças Públicas, Ver. Cecchim, mas, infelizmente, a Sessão acabou. O Prefeito acabou não vindo, e o nosso ex-Vereador e Vice-Prefeito Sebastião Melo veio e fez uma reunião, como os próprios jornais disseram, secreta, na Presidência, e apresentou o balanço das finanças de 2012. Infelizmente, nós, da oposição, não estávamos presentes, Ver.ª Fernanda, para sabermos o que aconteceu. Eu recebi o balanço - muito bonito, na cor azul, mas deveria ser vermelho, porque as contas do Município estão no vermelho. Eu vi que, na página 13, há um número importante referente ao superávit ou déficit. A Prefeitura Municipal de Porto Alegre, no ano de 2012, teve um déficit orçamentário de R$ 59 milhões; portanto, o nosso balanço deveria ser vermelho, não azul. Mas pior do que o déficit orçamentário foi o resultado primário, que foi negativo, de R$ 177 milhões. E digo mais: o princípio da imprudência correu mais ainda, Ver. Pujol, porque a Prefeitura fez uma estimativa muito alta de arrecadação para o ano de 2012, que não aconteceu. Esse valor, de mais de R$ 300 milhões, foi um cálculo errado da Receita do Município.

Mais ainda, saiu uma reportagem no Jornal do Comércio - tem que se dar o crédito - de sexta-feira falando que um dos problemas desse déficit é a arrecadação do IPTU, que caiu no ano de 2012. Por que caiu? Porque existe um sistema - eu tenho anunciado e falado aqui nesta Câmara e já denunciei ao Ministério Público -, o SIAT, que não funciona, e o IPTU deixou de ser cadastrado. O Município acabou não arrecadando em mais de 6 mil empreendimentos na cidade de Porto Alegre, e o IPTU caiu, Ver. Brasinha. Com isso, deixaram de entrar recursos financeiros, e o Município perdeu a arrecadação do IPTU, porque a Fazenda não conseguiu cadastrar. Quando nós tivemos um boom imobiliário em Porto Alegre, os números do próprio Sinduscon apresentaram um aumento, um incremento na construção civil e na venda desses imóveis de 23% no ano de 2012. Com isso, deveria aumentar o IPTU, porque há um número maior de imóveis, mas, infelizmente, o IPTU não aumentou porque a Fazenda não conseguiu cadastrar esses imóveis, pela falha do sistema integrado de administração tributária. Inclusive nós tínhamos aqui os funcionários da Receita reclamando justamente a perda de recursos por não terem conseguido cumprir as suas metas porque não conseguem utilizar uma ferramenta.

Então, Ver. Brasinha, a Fazenda teve um problema de arrecadação por um sistema contratado por mais de R$ 6 milhões que vai ter um incremento de mais de R$ 5 milhões e que não funciona. É como o senhor, Ver. Brasinha, que gosta de futebol, fazendo uma alusão ao futebol. O senhor vai ao jogo de futebol, o Grêmio está lá na Arena, preparado para jogar, para vencer, com a sua torcida maravilhosa, Tarciso, mas não há bola para jogar. É assim que o funcionário da Fazenda se sente. Ele está lá - houve um incremento no número de imóveis na cidade de Porto Alegre - mas não consegue jogar, porque o sistema, a ferramenta de trabalho dele não funciona.

Portanto, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre está no vermelho, e um dos motivos é por um sistema de mais de R$ 6 milhões, com mais de R$ 5 milhões, de quase R$ 12 milhões, que não funciona e é um grande problema para a cidade de Porto Alegre. O balanço está aqui e deveria ser vermelho, Brasinha! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; venho a esta tribuna, falar em Liderança pelo meu Partido, Vereadores Cassio Trogildo, meu Líder, Paulo Brum e Elizandro Sabino, falar algumas coisas de que eu tenho saudade. Hoje, faz 93 dias que nós não temos o Professor Dib, querido Ver. Reginaldo Pujol. Tenho saudade do Dib como também das coisas boas: logo que eu cheguei a esta Câmara aqui, o Professor Dib sempre me deu muita orientação. Certo dia, tive uma discussão com o Ver. Haroldo de Souza, do qual sou amigo, e também, nesse momento, quem ficou minha amiga séria, de quem tenho saudade, foi a Ver. Manuela, que é Deputada Federal. A Manuela saiu para me ajudar naquela vez que o Haroldo queria brigar comigo. Lá, no entanto, o Dib, no outro dia, foi atrás de mim, na minha loja – sabendo que o Dib tem problema para andar – falar comigo, que não era assim, amenizar a coisa. Então, eu tenho muita saúde do querido Ver. Dib. E como tenho saudade, Ver.ª Luiza Neves, das pessoas que me tratam bem, das pessoas de que eu gosto, eu também, ontem, fui visitar meu amigo Bernardino Vendruscolo. O Bernardino Vendruscolo está muito bem. Graças a Deus, ele está se recuperando muito bem; certamente, o Bernardino é um cidadão que merece muito o nosso apoio, o apoio de Deus, de fé, porque o Bernardino é uma pessoa muito compreensiva, muito humana, muito parceira. Então, graças a Deus, Ver. Reginaldo Pujol, em meu nome e em nome do senhor também, pois eu disse ontem, levei esse abraço para o Bernardino Vendruscolo. Então, graças a Deus.

Agora eu quero falar do Ver. Mauro Pinheiro. Ver. Mauro Pinheiro, o senhor está com problema. Eu também estava aqui, naquele dia, quando o Ver. Dr. Thiago convocou para irmos lá ao Salão Nobre - foi na Sessão Plenária. Se o senhor não ouviu, o problema foi seu, mas o Ver. Dr. Thiago falou. Eu estava sentado lá, junto com o meu amigo, o Ver. Paulo Brum, Ver. Idenir Cecchim, e ouvi, ouvi com muita atenção quando o Ver. Dr. Thiago falou.

Então, Sr. Presidente, o senhor convidou; o senhor não foi omisso em não convidar, o senhor convidou. Eu quero dizer ao Ver. Mauro Pinheiro, que tanto fala que o Secretário da Fazenda não tem a bola, mas vocês, quando vocês deixaram a Administração não havia a bola, o campo, os atletas - não tinham nada para fazer. Literalmente, Ver. Cecchim, estava sucateado! E aí o Ver. Mauro Pinheiro vem aqui querer desqualificar o Secretário da Fazenda. Eu não sei o que leva tanto os Vereadores da oposição a criticar este Governo, Vereador. Por que será? É um Governo que foi literalmente aprovado, nunca jamais visto nesta Cidade, com aprovação de 65,22%. Eu tenho saudade das coisas que aconteciam lá atrás, não tenho saudades da péssima Administração que eles fizeram, disso eu não tenho. Pelo contrário, eu falo sobre as coisas boas que acontecem no Estado: eu acho que o Governador Tarso Genro fez um ato de grandeza, Ver. Cecchim, um ato heroico: recebeu os taxistas de madrugada. Este Governador, para mim, vai ter sempre o meu respeito, porque foi um Governador que os recebeu de madrugada. Qual foi o outro governador que fez isso até hoje? Então, Sr. Governador, eu reconheço as coisas boas, mas, pelo contrário, alguns Vereadores, não são todos, não reconhecem as coisas boas que o nosso Prefeito vem fazendo nesta Cidade. E é um Prefeito que cuida de tudo, que cuida da criança, do pré-adolescente, do jovem, do senhor e da senhora de idade, é um Prefeito que está preocupado com a Cidade para todos, não somente para ele. Ver. Janta, que está de aniversário hoje, quero lhe dizer que certamente um Prefeito dessa qualidade que passou e está passando jamais vai passar outro. O mesmo aconteceu com o nosso ex-Prefeito Villela, que está aqui, quantas obras maravilhosas que ele deixou nesta Cidade. Ele é o homem que mais plantou árvores nesta Cidade e que merecia uma homenagem na entrada da Cidade por tantas árvores que plantou. Eu não vejo ninguém fazer essa homenagem ao Ver. Villela, nosso eterno Prefeito.

Então, o Prefeito José Fogaça botou tudo em dia, Ver. Villela; vem o outro José, o Prefeito Fortunati... Esses Josés são abençoados por Deus! São abençoados por Deus, porque têm respeito pela população, pelas pessoas que residem nesta Cidade. Então, eu quero dizer aos senhores, querido Ver. Mauro Pinheiro: vamos cuidar das pequenas empresas, Vereador. Estou com saudade do senhor! Eles estão tomando conta e quebrando os pequenos, Vereador! O senhor sabe que esse grupo - Walmart e Carrefour - quebra os pequenos, e nós temos que defendê-los; os pequenos podem ficar grandes, desde que sejam do Rio Grande!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, justamente no dia em que nós lemos em todos os jornais, em manchete, a notícia de que o Estado do Rio Grande do Sul está falido! De que a incompetência do Governador Tarso Genro chegou a ponto de pegar o dobro dos depósitos judiciais, do que os feitos pelo próprio Rigotto, do qual ele tanto reclamava. Meteu a mão pela incompetência, pela paralisia! O Governo do Estado, Ver. Mauro Pinheiro, não está no vermelho, como V. Exa. queria fazer um balanço aqui. Está quebrado, está falido pela incompetência desse Governador, desse Governo que não faz nada, e, além de não fazer nada, afunda o Estado! Eu lembrei ontem do Ver. Alberto, que queria trazer as experiências de Canoas para cá. Agora eu vejo que Canoas vem buscar o Secretário Adjunto da Saúde para fazer Saúde em Canoas, que eles davam como exemplo. Eu não estou entendendo mais nada! Ver. Mauro Pinheiro, dá uma olhada e conversa com sua Bancada. Eles devem estar vermelhos de vergonha de propor coisas aqui que não fazem! Eles têm boa vontade; a Bancada do PT é composta de jovens, entusiastas. A Ver.ª Sofia também é jovem, é lá de Veranópolis, mas o Governo não ajuda! A arrecadação do Município baixou, é verdade! Ver. Mauro Pinheiro. Os técnicos da Fazenda não se enganaram; quem enganou Porto Alegre foi o Governo Federal! E sou obrigado aqui a dizer que foi a Presidente Dilma! Para fazer média com os grandes, ela desonerou o IPI - isso baixou a arrecadação municipal no Fundo de Participação do Município. Ou o senhor não lê isso? Deve ler, mas isso esquece! Esquece! O Governo do PT, do qual o nosso Vice-Presidente Michel Temer faz parte, faz muita simpatia para os grandes! Para os pequenos, diz que baixa a luz, mas quem teve lucro na redução do preço da luz foram as grandes siderúrgicas brasileiras! O povo não notou essa diferença, porque uma semana depois de ter baixado a luz, aumentaram o combustível! Quebraram a Petrobras! O PT quebrou a Petrobras! O Zé Dirceu e sua camarilha! Esse, sim, quebrou a Petrobras! E quebram o Brasil, se não atacarem logo isso! Quebram o Brasil! Os agricultores produzem uma supersafra, e o Governo do PT, incompetente, em 10 anos, tranca a supersafra nos portos. Não tem porto para exportar! Esse é o PT que tem a petulância de vir aqui e reclamar do vermelho. Mas esse vermelho, o senhor sabe por que é, Ver. Mauro Pinheiro? Porque o Governo Federal não consegue transferir os recursos das obras da Copa! A Caixa Federal deixa o Governo do Município sangrar no seu próprio Tesouro, porque a Caixa Federal, cheia de burocracia, como é o PT...

 

(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Eu estou com falta de água, Vereadora. Eu gaguejaria no seu lugar se tivesse que, todos os dias, contar uma mentira aqui!

 

(As Vereadoras Jussara Cony e Sofia Cavedon alcançam um copo de água ao Ver. Idenir Cecchim.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado pela solidariedade das Vereadoras. Eu posso me queixar de tudo aqui, menos da solidariedade das minhas queridas colegas Vereadoras que vieram de turma me trazer água, porque eu estava precisando.

Mas, voltando àquilo que o Vereador entendeu de vermelho no balanço, é porque ele nunca leu o balanço do PT. Ele não leu o balanço dos últimos anos do PT na Prefeitura, nunca leu. E aí eu acho que o Ver. Mauro Pinheiro estava ocupado. Ele é um homem trabalhador, estava lá no seu mercado, como diz o Brasinha, cuidando do caixa que, certamente, estava em azul. O Ver. Mauro Pinheiro hoje é um homem rico, pelo seu trabalho; não foi igual ao Zé Dirceu que ficou rico às custas do povo brasileiro. O Ver. Mauro Pinheiro trabalhou muito para isso. Mas vir aqui e desqualificar uma administração... Porque faltou com a verdade em diversos momentos, Ver. Mauro Pinheiro. V. Exa. não foi lá, porque ficou aqui fazendo festinha de aniversário dentro do Plenário. Aqui não é lugar para comer bolo! Aqui é lugar para trabalhar, não é para fazer festinha de aniversário! V. Exa. reclamou porque não tinha quórum, não quiseram ir lá pensando em fazer uma sacanagem aqui. E fui eu quem pediu a verificação de quorum, porque não tinham Vereadores aqui dentro. Os que estavam queriam fazer festinha! Nós não admitimos isso! Aqui é lugar de trabalho. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, queria fazer um agradecimento a V. Exa., à Mesa e aos Vereadores que ontem estiveram presentes: João Carlos Nedel, do PP; Idenir Cecchim, do PMDB; Delegado Cleiton, do PDT, e Pedro Ruas, do PSOL. Em nome dos comerciários, da direção do Sindicato, agradeço a homenagem que esta Casa fez aos 80 anos do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Clàudio Janta; obrigado pela sua sensibilidade e pelo seu enorme coração que ontem ficaram marcados pelas notas taquigráficas desta Casa.

A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, é um momento de surpresa para a Cidade. Extremamente grave o que foi aqui denunciado pelo Ver. Mauro Pinheiro, em nome da nossa Bancada do PT, que agora se debruça sobre o Relatório apresentado pelo Prefeito de Porto Alegre, referente ao Balanço das Finanças Públicas de 2012. Extremante grave porque a Prefeitura vive um ufanismo; vive como se tivesse muito dinheiro para gastar. Não passaram três meses da criação de Secretarias e CCs, num volume tal que implicava em alguns milhões com gastos com pessoal a mais na Prefeitura de Porto Alegre; isso no final do ano passado, em dezembro de 2012, quando essa conta estava fechando.

A Prefeitura de Porto Alegre foi questionada por nós quanto à legalidade de produzir novas despesas, e o Vice-Prefeito argumentou aqui que era o mesmo Prefeito, que era uma continuidade. A Prefeitura nadava em berço esplêndido e torrava dinheiro, criando novas Secretarias e novos CCs.

E não é, Ver. Cecchim, pela leitura – a não ser que este material minta –, um problema de redução do Fundo de Participação dos Municípios, não. Em 2012, Porto Alegre apresentou um acréscimo nominal de 3,37% ou R$ 5,85 milhões na participação do FPM em relação ao ano anterior – está aqui no material do Prefeito. Houve um aumento de Receitas vinculadas aos impostos estaduais e federais. O Fundeb continuou crescendo - os recursos que Porto Alegre recupera no Fundo de Educação Básica. Somente o IPTU reduziu. A arrecadação própria de Porto Alegre reduziu. E é bem verdade que não reduziu o suficiente para dar esse déficit. Esse déficit, senhores, precisa ser lido do outro lado, do lado das despesas.

Há um pequeno quadro. O Prefeito vem e diz que é uma Cidade mais transparente. É verdade, é transparente! Aqui está o gráfico do aumento de despesas com pessoal, do ano de 2011 para 2012. Vejam: uma linha ascendente muito abrupta. E nós advertíamos, no ano passado e no ano retrasado, pela farra que aconteceu nesta Casa com a criação de CCs, distribuição, Ver. Tarciso, de gratificações sem uma discussão geral, Ver.ª Fernanda, como nós sempre fizemos, com o conjunto do funcionalismo, através de uma carreira. E isso é uma bola de neve: uma categoria leva, e a outra reivindica, com muita razão. A prova de que os mais beneficiados foram os altos salários é que o Imposto de Renda retido cresceu, Ver.ª Fernanda. Portanto, aqui está um dos elementos que indica que a Prefeitura vai para o vermelho, que a Prefeitura tem quase R$ 60 milhões de déficit e que não há que buscar desculpas em outro lugar a não ser na gestão pública de Porto Alegre. E é extremamente grave, Vereador-Presidente, porque esta Casa dá outro exemplo, o Legislativo dá outro exemplo: estabilizamos o gasto. O Legislativo, diferente do que muito se fala por aí, nesta Casa, estabilizou, não gasta mais, vem reduzindo: reduziu de 2009 para 2010; reduziu de 2010 para 2011; manteve o mesmo custeio de 2011 para 2012. Bem diferente a austeridade deste Legislativo em relação à farra de gastos do Executivo, denunciada por nós. E toda a oposição votando contra tantos Projetos que vieram no final do ano que causaram esse rombo nas finanças públicas municipais, Ver. Brasinha. E aí caiu a máscara do Governo que saneou a Prefeitura de Porto Alegre. Caiu a máscara, e acendeu o sinal vermelho!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, não posso vir à tribuna nesta hora e falar sobre esse assunto contra a Liderança do Governo porque não sei qual governo que está em discussão aqui na Casa. Quem não sabe, neste País de Deus, que as “marolinhas” do Lula chegaram com todo o vigor lá em Brasília? Quem não sabe? Quem não sabe que o Governo Federal, na busca de conciliar com o alto empresariado de São Paulo, reduziu o IPI de vários produtos, especialmente dos automóveis, para que eles pudessem ser comercializados, Ver. Guilherme Socias Villela? Quem não sabe que o Estado do Rio Grande do Sul, no ano passado, teve um de seus piores momentos em termos econômicos, com a redução da sua capacidade de investimento, chegando a zero, com o recolhimento do ICM sendo altamente contaminado por todos esses fatos? Quem é que não sabe que se reduziu consideravelmente, para todo o Brasil... Essa é uma reclamação de todas as Prefeituras brasileiras, do PTD, do PMDB, do PT, do Partido Democratas, todas as prefeituras brasileiras, que reclamam sobre a grande queda do Fundo de Participação dos Estados e Municípios. Todos sabem disso. E achar que Porto Alegre não ia ter um reflexo desse mau desempenho da economia brasileira, que só é divulgada como sendo boa em face da grande injeção de recursos que os órgãos da imprensa brasileira recebem para dizer que está tudo bem. Todos os índices nacionais são negativos: caíram as nossas exportações, caiu o nosso superávit comercial, que, de superávit, virou um déficit comercial. A economia brasileira, esse mar maravilhoso que o PT sustenta aqui na Casa, um Brasil que vai tão bem assim - não é o que se vê dentro do supermercado, não é o que se vê no comércio da Cidade, não é o que está acontecendo neste País. Agora, o PT, de uma hora para outra, vem dizer o seguinte: Porto Alegre está em crise porque houve erro na previsão orçamentária. Previsão orçamentária essa que prevê uma manutenção da capacidade de transferência obrigatória da União e do Estado para os Municípios – isto é, participação no FPE e no ICMS –, com a devida correção monetária, fato esse que não se registrou. E não se registrando isso, evidentemente que a Receita caiu. E a Receita caindo, Vereador, a despesa não acompanhou essa queda, porque a despesa não pode mais ser reduzida por um decreto ou por uma alteração tardia nos orçamentos.

Agora dizem que fizeram um monte de modificações - uma reforma administrativa. Mas tudo isso vigora a partir deste ano, não tem nada a ver com o Orçamento do ano passado, absolutamente nada! Então, com a autoridade de ser do Democratas, que não é do Governo da União, que não é do Governo do Estado, que não era do Governo do Município no ano passado, que está procurando se acostumar nessa nova realidade de estar hoje no Governo, do qual esteve afastado por mais de 15 anos, eu digo o seguinte: vamos parar de jogar pedra um no outro. Todos estão com culpa no cartório! E é do maior para o menor. Não existe a Federação brasileira, os Estados e os Municípios são altamente dependentes da estrutura federal. E essa, quando falha, leva todos à bancarrota, leva todos ao prejuízo, leva todos ao déficit, leva todos à frustração! É o que ocorreu exatamente nesse momento, ou no ano passado, com o exercício orçamentário do Município de Porto Alegre, que não fugiu à regra, teve problemas, como problemas têm todos os Municípios brasileiros! Era isto, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE): Obrigado, Ver. Pujol.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h4min): Havendo quorum, passamos à Ordem do Dia.

Solicito às Lideranças que se aproximem da Mesa. (Pausa.)

Estão suspensos os trabalhos para reunião de Líderes no Salão Nobre.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h12min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 16h4min): Estão reabertos os trabalhos.

Apregoo o Memorando nº 30/2013, de autoria da Ver.ª Any Ortiz, que solicita representar esta Casa no dia de hoje, para acompanhamento à visita do Ilmo. Sr. Luciano Azevedo, Prefeito de Passo Fundo, a Porto Alegre.

Apregoo o Requerimento, de autoria do Ver. Mario Fraga, que solicita Licença-Luto do dia 27 de março de 2013 ao dia 3 de abril de 2013, pelo falecimento de sua mãe, Sra. Auta Pinto de Fraga. O nosso pesar ao Ver. Mario Fraga.

VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. Nº 1211/12 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/12, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que altera a ementa e o art. 3º-H da Lei nº 5.395, de 5 de janeiro de 1984, e alterações posteriores, dispondo sobre a comprovação da existência de Fundo para a concessão de repouso anual remunerado aos cooperativados.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela manutenção do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 22-03-13 (sexta-feira).

- Votação nula por falta de quórum em 25-03-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal o PLL nº 114/12, com Veto Total. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) 02 votos SIM, 10 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES. Total de 15 votos. Não há quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 16h9min): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0513/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 016/13, de autoria do Ver. Paulo Brum, que institui o serviço de transporte coletivo acessível Disque-Atendimento Porta a Porta no Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 0514/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 017/13, de autoria do Ver. Paulo Brum, que assegura às pessoas com deficiência o pagamento de meia-entrada em estabelecimentos culturais, esportivos, de lazer e de entretenimento. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 1111/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 012/13, que altera o inc. IV do art. 2º da Lei nº 7.330, de 5 de outubro de 1993, que cria a Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer (SME).

 

PROC. Nº 1112/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/13, que declara de utilidade pública a CLIPE – Clínica Psicopedagógica Especializada Ltda. –, CNPJ nº 89.018.030/0001-39, Inscrição Municipal nº 021.531.2.2.

 

PROC. Nº 1113/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/13, que declara de utilidade pública a Associação CT – Centro Terapêutico –, CNPJ nº 05.776.147/0001-91, Inscrição Municipal nº 209.569.2.4.

 

PROC. Nº 0106/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que altera a ementa e o parágrafo único do art. 1º da Lei Complementar nº 560, de 3 de janeiro de 2007, incluindo a geração de energia elétrica fotovoltaica ao objetivo do Programa de Incentivos ao Uso de Energia Solar nas Edificações.

 

PROC. Nº 0780/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 053/13, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que denomina Rua Paulo Rubilar de Farias o logradouro não cadastrado conhecido como Rua F ­– Estrada Costa Gama –, localizado no Bairro Restinga.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, está em Pauta uma alteração na Lei que cria a Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. A criação desta Secretaria foi uma exemplaridade para o País, Ver. Professor Garcia - a separação do Esporte e Lazer da Educação. Porto Alegre foi protagonista na priorização fundamental do direito de implementação de oportunidades esportivas e de lazer. É uma Secretaria que nunca teve vida fácil, porque sempre trabalhou com recursos parcos, Ver. João Derly; porém, uma Secretaria que chegou a cobrir a Cidade inteira, Ver.ª Jussara Cony, num esforço maravilhoso dos professores, seus estagiários, alguns técnicos, mantendo, em parques e praças, atividades para crianças e para idosos, mas é uma Secretaria que, lamentavelmente, vem perdendo, ano a ano, recursos - recursos e prioridades.

Nesta semana, nós tivemos a tristeza de ver um absoluto descaso do Governo, Ver. João Derly, V. Exa. que vem trabalhando neste tema. Sabemos que os recursos são poucos, mas o Governo Federal tem políticas públicas para implementação, incremento do esporte, iniciação ao esporte e vem sugerindo áreas como outras entidades – e ontem pautou na nossa Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Juventude. A CECE, no ano passado, encaminhou várias emendas para tentar manter abertos os centros comunitários no verão, para que as piscinas atendam as crianças mais pobres; fez emendas necessárias para que o Ginásio Tesourinha não fique cheio d’água; o Ginásio Tesourinha, que recebeu já a Seleção Brasileira de vôlei, de basquete, tem problema de manutenção no seu telhado! O que a gente percebe é que a Prefeitura fez uma drenagem da área da Cultura e do Esporte para outras áreas.

Fizemos este debate fortemente no ano passado, quando a Prefeitura criou várias novas Secretarias, microssecretarias e uma centena ou mais, porque criou, subtraiu, reduziu na legislação os CCs da Carris e da EPTC – que ainda não foram extintos, os que foram criados por Conselho. E o impacto financeiro, no ano passado, só em criação de CCs era projetado em R$ 8,5 milhões, e nenhum CC, Ver. João Derly, para a Secretaria de Esporte e Lazer! Não sei se o Secretário Adjunto já não tinha. A Prefeitura trabalha com gasto com pessoal muito alto: nos últimos oito anos, deu mais de 5%; hoje, estamos perigosamente em quarenta e sete vírgula alguma coisa em gasto com pessoal. Só de 2011 para 2012, ainda não considerando o impacto do final do ano passado, a Prefeitura aumentou o gasto com pessoal em R$ 251 milhões. Ver. Janta, Vereador novo, sabe o que significa de um ano para outro ampliar gasto em pessoal, que é um gasto que tu não reduzes de uma hora para outra? Foram R$ 251 milhões! Está no material da Prefeitura.

Eu não sei qual alteração que a Secretaria de Esportes está propondo aqui, vamos estudar, está iniciando a tramitação. Agora, de fato, como que o Esporte e a Cultura...E o Esporte sem a iniciativa – ontem nem o Governo veio para discutir as áreas para o Governo Federal investir. Como o Esporte e a Cultura vão evoluir se a Prefeitura anda gastando perigosamente apenas em acomodação de cargos políticos, em criação de múltiplas Secretarias? E a Prefeitura de Porto Alegre fecha no vermelho em quase R$ 60 milhões em 2012. É muita irresponsabilidade. Soubéssemos nós, no final do ano passado, acho que esta Casa não teria assinado em baixo para esse gasto com pessoal de mais R$ 8,5 milhões, que entram este ano. Porque esta Casa, este Legislativo tem dado exemplo, praticamente congelou os seus gastos. Enquanto o gráfico do Executivo disparou para cima, o do Legislativo - eu não me cansarei de falar - congelou, manteve-se no mesmo nível, tem sido austero, tem cuidado com as Receitas públicas, como a Prefeitura não tem feito. Então, eu espero que possamos alterar essa situação.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; público que aqui nos assiste; funcionários desta Casa; obras e lutas independem de ideologia política. Eu protocolei hoje uma Moção de Solidariedade aos familiares da Conselheira Tutelar e Vereadora, Saraí Soares, que atuou em defesa dos menos favorecidos, dos direitos das crianças e, principalmente, em defesa dos direitos do povo negro.

Perdemos precocemente essa guerreira, que foi Vereadora aqui na Casa pelo Partido dos Trabalhadores; guerreira que muito nos orgulha pelo trabalho comunitário e pelo trabalho em torno da comunidade negra.

Outra Moção que protocolei nesta Casa é em solidariedade às famílias dos três taxistas assassinados nesse final de semana. Este fato nos deixa constrangidos e com um sentimento de insegurança, sobre o qual temos - esta Casa e o Governo do Estado - que tomar uma providência. Não sou de fazer críticas às instituições que fazem Segurança pública. Na verdade, não é uma crítica, mas eu ando por esta Cidade e tenho visto infelizmente uma diminuição do seu policiamento ostensivo. Se andarmos daqui até o Lami, daqui até a Zona Norte, podemos contar nos dedos o número de policiais militares que fazem um trabalho ostensivo, que fazem um trabalho de salvaguardar a nossa comunidade.

E isso não se dá por culpa desses policiais, até porque eu vi uma entrevista do Presidente do Sindicato dos Cabos e Soldados, que falava do número diminuto de funcionários, de agentes, de policiais militares e das dificuldades dos policiais que andam com revólver 38, fabricado no ano de 1963, quase a minha idade! E, muitos deles, ainda sem coletes.

Eu estive conversando com alguns taxistas nesse período. Eles estão preocupadíssimos com a possibilidade de ser uma vingança ou a continuação do que vem ocorrendo por um assassino em série. Eu não acredito nisso! Acredito, sim, que em breve estaremos, a polícia civil com sua investigação, prendendo esse assassino, que, possivelmente, seja o mesmo em todas as ocorrências. Mas nós temos que, aqui, nesta Casa – com o apoio do Governo do Estado, tomar uma atitude...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. DELEGADO CLEITON: ...no sentido de darmos mais segurança a esses profissionais trabalhadores. Segurança e paz a todos. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste, há dois Projetos nesta Casa, o PLL nº 016 e o PLL nº 017, ambos de autoria do Ver. Paulo Brum, que são de extrema importância para as pessoas portadoras de deficiência, pessoas que necessitam de acessibilidade. Um deles cria o Disque-Atendimento Porta a Porta. Só quem tem um cadeirante, uma pessoa impossibilitada de andar na família, sabe da dificuldade de não ter um parente que tenha carro da família disponível para essas pessoas terem um pouco de dignidade. Quando se fala em um pouco de dignidade, significa coisas mínimas, como passear no shopping center, ir a um cinema, sair de casa, ir a um parque até, porque a Cidade não tem esse serviço a oferecer.

Ver. Paulo Brum, é de extrema importância para o Município de Porto Alegre ter essa humanidade para as pessoas. Assim como o seu outro Projeto, que propõe meia-entrada às pessoas com deficiência em estabelecimentos culturais, esportivos, de lazer e entretenimento, para que, além de as pessoas terem o direito de estacionar perto, de terem esse direito à acessibilidade - já que se dá tanta meia-entrada neste País -, que também tenham acesso aos eventos culturais. O senhor está de parabéns por apresentar estes Projetos na Casa do Povo.

Como esses dois elementos são relativos à saúde, quero falar do que aconteceu na nossa Cidade, no feriado, quando os postos de saúde do Município estiveram fechados. O Prefeito já tomou providências quanto a isso, mas não pode, como aconteceu no ano passado, acontecer novamente: a população de Porto Alegre ser impedida de ter acesso a essa necessidade grande que é a Saúde - necessidade imprescindível para o povo de Porto Alegre, para a população carente, para os trabalhadores, seja no feriado, seja no fim de semana.

Apresentamos um Projeto de Emenda à Lei do Município propondo a abertura dos postos de saúde durante as 24 horas do dia. Os trabalhadores não podem se tornar reféns, não podem dizer para o seu filho, para a sua família a que horas devem ficar doentes. A Saúde é um direito de todos. Todos têm direito a esse acesso, todos têm direito a essa informação.

Então, esperamos a sensibilidade do Poder Público para que os postos de saúde, principalmente as Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre, abram nos fins de semana, fiquem abertos 24 horas, num horário estendido, que é o horário em que os trabalhadores chegam em casa. Com certeza, se esses postos estiverem abertos, as emergências dos hospitais estarão menos ocupadas, Ver. Tarciso. As pessoas terão, quando realmente necessitam, acesso à Saúde.

 

A Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Janta, com essa visão do mundo do trabalho, de dirigente sindical e com a concepção de que Saúde é um direito humano, um direito de todos e um dever do Estado, o senhor tem sido um grande aliado, mesmo não participando da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, nessa luta em curso para que nós implantemos no Sistema Único de Saúde, para garantir, lá na ponta, o atendimento. Acabei de assinar sua proposição e quero lhe cumprimentar. Amanhã eu vou falar em Grande Expediente e vou falar a respeito do contexto da Saúde e de como esta Casa pode, através de projetos, de seminários, fazer uma ligação para que a Saúde tenha esta visão republicana: trabalharem juntos a União, o Estado e o Município, e as transversalidades com outras Secretarias.

Sobre essa questão dos postos 24 horas que o senhor traz neste momento, eu venho aqui como profissional da Saúde dizer que vai ser um importante e significativo – eu diria que até estratégico – passo para a implantação daquilo que Porto Alegre deve ao seu povo, que é a Estratégia de Saúde da Família em toda esta Cidade, a porta de entrada para que nós não tenhamos as emergências lotadas, para trabalhar com saúde e não com doença. Além de tudo, é a visão da humanização do SUS que o senhor nos traz, porque doença não tem hora, não pode esperar. Eu creio que temos um exemplo muito próximo de nós de dois dias atrás que nos deixa ainda muito tristes: ver a banalização da dor das pessoas tendo que esperar, às vezes, até num posto 24 horas, como foi o caso da Saraí. Eu acho que o senhor colabora muito com a Saúde. Eu lhe digo isso como profissional da Saúde há tantos anos trabalhando nessa área, com orgulho mesmo de ver um sindicalista se voltar para essas questões, porque, ao fundo e ao cabo, é um direito dos trabalhadores e também dos trabalhadores da Saúde. O senhor é um importante aliado da Saúde. Eu quero agradecê-lo por isso.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Obrigado, Vereadora. Além de esses postos estarem abertos, temos que rever essa norma agora que, quando a pessoa é “azul” ou “verde”, é dado um táxi para a pessoa ir embora. Não tem como um enfermeiro dizer para uma pessoa que está enfartando, que está agonizando, que está tendo um derrame que ela pode ir embora para casa. Isso quem pode dizer é o médico. O médico só pode dizer isso depois de examinar as pessoas. Então, é imprescindível que a gente abra esses postos de saúde, é imprescindível que a gente tenha mais médicos, dentistas à disposição dos trabalhadores de Porto Alegre no horário em que os trabalhadores necessitam, depois que saem do trabalho. Com...

 

(Som cortado automaticamente por questão de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: ...força e fé, seguiremos lutando pelos trabalhadores brasileiros. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente; eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna estamos dando ciência à Mesa e a esta Casa, até por lealdade, que nós temos uma Ação Popular tramitando que pede a suspensão do aumento das tarifas dos ônibus enquanto não houver processo licitatório em Porto Alegre. Entramos, no dia de hoje, com uma medida de caráter liminar pedindo a suspensão, a partir da data de hoje, enquanto não houver esse processo licitatório. Queremos entregar a cópia a V. Exa. em caráter oficial.

 

(Procede à entrega do documento ao Presidente da Casa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

(A Ver.ª Sofia Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste. Eu quero começar falando do Projeto do meu companheiro e amigo, Ver. Bernardino Vendruscolo, que é importante. Este Projeto ia ser votado hoje – é um Veto –, depois do Projeto da Sofia. Mas eu quero deixar bem claro que, na semana que vem, o Bernardino vai estar aqui, vai poder discutir com a maior veemência este Projeto. Eu quero falar umas palavras dele aqui (Lê.): “Tudo começou no final do ano passado [nós estávamos aqui, Sofia], quando o Governo Municipal deu acordo para votar o meu Projeto e outros vários de sua autoria, e posteriormente vetou totalmente o Projeto do ITBI. Reclamei dizendo que tinha sido traído”.

Há 15 dias, eu fiz uma fala na defesa desse Projeto, dizendo que a coisa mais linda e que orgulhava a todos nós, gaúchos, era o “fio do bigode”, que o gaúcho não precisava assinar embaixo, é o “fio do bigode”! Eu espero que esse “fio do bigode” esteja ainda principalmente conosco, políticos.

Ele ainda diz (Lê.): “Assim como afirmei que havia equívoco nos motivos que justificavam o Veto Total. Então, o Governo recuou mandando uma retificação vetando parcialmente.” É brincadeira, não é, gente? Aí nós estamos brincando de projeto, de ser Vereador aqui na Câmara. É um Projeto maravilhoso para a Cidade. Tudo o que for bom para a Cidade, Janta, eu vou votar sim, assim como o teu Projeto, Janta.

Todos os dias há pessoas do povo doentes; então, esse é um Projeto para o povo, principalmente para aquele povo carente, que mais precisa. Então, vai ter o meu apoio e meu voto, sim, Janta.

Vou falar também sobre o Projeto maravilhoso do Ver. João Derly que está vindo para a Cidade. Nós estivemos ontem na Comissão, Sofia, e houve uma discussão maravilhosa sobre quatro ginásios poliesportivos para Porto Alegre. O meu sonho, a minha briga sempre, a minha luta pela inclusão da criança e do jovem pelo esporte, pela educação, pelo lazer. Então, um Projeto como este, Mauro Pinheiro, não se pode deixar passar. Nós estamos nos 43 minutos do segundo tempo; tem juiz que dá cinco minutos, dependendo do time. Quando é Grêmio e Internacional, ele dá cinco ou seis minutos a mais para ver se buscam o empate; mas tem juiz que não dá! São 45 minutos jogados e terminou, certo, João Derly? E nós temos até sexta-feira para apresentar esse Projeto e vir esta essa verba. Eu já estou sonhando com esses ginásios, João Derly! Imaginem um ginásio nas nossas ilhas, na Zona Norte, na Vila Dique, na Vila Santa Rosa, na Zona Sul! Nós temos ginásios, mas ginásios particulares. Qualquer criança que tenha o sonho de participar das Olimpíadas é impedida de realizar o seu sonho, porque não existem mais campinhos de várzea, não existem mais áreas de lazer para que essas crianças possam ali praticar, ali tentar realizar o seu sonho.

Então, João Derly, maravilha! Ontem, na Comissão, eu falei que tu vieste para a Câmara de Vereadores para buscar, também, esse sonho - que eu creio que tu deves ter tido quando criança, assim como eu - para essas crianças. Não podemos ser egoístas. Essas crianças carentes precisam ter esses sonhos que nós tivemos e, se Deus quiser, ocuparem uma posição linda e maravilhosa dentro deste País. Então, eu peço ao Governo que olhe com carinho para esse Projeto, que é para termos quatro ginásios - não podemos perder. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Estimados colegas, boa-tarde. Antes de qualquer coisa, para todos nós que atuamos na área de Segurança pública, assim como o Delegado Cleiton muito bem colocou aqui, a nossa preocupação e a nossa solidariedade aos taxistas sobre esses dois episódios, que todas nossas polícias estão empenhadas em resolver. Em razão desse tema, eu procurei o Secretário Airton Michels e tive a oportunidade de conversar com ele alguns minutos antes de ele formalizar, junto com o Governador, a contratação de mais 2.000 brigadianos aqui para o nosso Estado, somando aos 2.500 que já estão nas suas fases finais de formação e que ingressarão, ainda em abril, em nossas ruas, já trabalhando efetivamente, sendo 500 deles em Porto Alegre, o que vai totalizar 4.500 brigadianos. Eu ainda pedi a ele empenho no Projeto que nós apresentamos, na época, no Consórcio Metropolitano para implementar um sistema chamado “cerca eletrônica”. Ele nos deu também a palavra de que esse Projeto segue tramitando no Governo e possivelmente seja lançado nos próximos dias, que será o maior projeto de tecnologia já feito na área de Segurança pública em nosso Estado.

Eu apenas volto a tratar aqui sobre um tema, que o Ver. Mauro nos trouxe hoje e que a Ver.ª Sofia também sublinhou, da nossa preocupação com a situação financeira da nossa Administração. E é importante que aqueles que nos assistem em casa entendam o que está acontecendo com as finanças da nossa Cidade. Causou-me surpresa, justamente o meu colega respeitoso, Ver. Reginaldo Pujol, um liberal, como ele sempre se diz – e os liberais prezam tanto pela sanidade financeira dos Orçamentos -, não ter destacado esse tema. A nossa Cidade, que tinha um superávit de R$ 293 milhões no ano passado, tornou-se, neste ano, deficitária em R$ 177 milhões. Mas por que aconteceu isso?

 

(Aparte antirregimental do Ver. Idenir Cecchim.)

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Ver. Idenir Cecchim - do Partido que compartilha o Governo do nosso País com a Presidenta Dilma -, muito ágil inclusive nas disputas de espaços do Governo Federal, o senhor acusou a Presidenta Dilma como a culpada pelos problemas financeiros que a nossa Cidade tem. E o senhor disse que o FPM teria reduzido, mas não é o que diz o próprio caderno da Prefeitura, que diz que, em 2012, Porto Alegre apresentou um acréscimo de R$ 5,85 milhões no FPM em relação ao ano anterior.

Vamos olhar ainda outra Receita da União, para ajudar na Saúde de Porto Alegre, para ajudar nessa demanda que o Ver. Clàudio Janta muito corretamente traz para a abertura dos postos 24 horas. O Governo Federal aumentou, no ano passado, em 18% o repasse do SUS. Nenhuma das Receitas de terceiros do nosso Município, aquelas que vêm do Estado ou da União, teve diminuição. Aliás, a Receita não diminuiu; o que está aumentando em Porto Alegre é o gasto com pessoal, mas, infelizmente, não é em relação aos nossos servidores do Município. Eu quero dizer aqui que esse era um debate que muito se falava quando encerrou a Administração Municipal da Frente Popular. A Administração centralizada tinha 267 CCs; hoje, Fernanda, tem 562 CCs. Nossa Prefeitura está inchada. É isso que está acabando com as finanças dela. E as diferenças salariais do Município, Ver. Idenir Cecchim, muito bem tratada na Pauta por vários Vereadores que me antecederam, que era de um para 12, entre o menor e o maior, aumentou de um para 40. Nossa Cidade está tendo uma pequena elite e muitos CCs. É isso que está comprometendo o futuro da nossa Cidade e é isso que hoje nós trazemos e gostaríamos que nossa Cidade debatesse: nada mais justo do que o básico, que é a sua situação financeira. Eu não entendo porque isso não pode ser debatido aqui nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sra. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, queria registrar a importância que o movimento contra o aumento das passagens tem adquirido na cidade de Porto Alegre. Segunda-feira, mais de dez mil jovens estiveram nas ruas lutando pela revogação do aumento abusivo das passagens. E eu, que milito há dez anos, quando comecei a participar do movimento estudantil, presenciei muitas marchas contra o aumento das passagens, muitas das quais organizadas pelas nossas entidades estudantis, combatendo os aumentos abusivos, que somam mais de 670% nesses últimos anos. E nunca, na história de luta contra o aumento, foi possível ver um ato tão espontâneo, tão representativo, tão forte, tão aplaudido pela população, pela categoria rodoviária e por todos que passavam pelo Centro da Cidade. Isso para responder àqueles e à imprensa, que tentavam criminalizar o movimento que luta contra mais uma tarifa abusiva na cidade de Porto Alegre. A melhor resposta àqueles e à Prefeitura que tentou incriminar os jovens e todos os que lutavam contra o aumento da passagem foi a mobilização de segunda-feira tomando as ruas da nossa Cidade. E é muito importante que a juventude saia às ruas e a população saia às ruas e mostre sua indignação. Não é possível um transporte que nunca foi licitado, há 24 anos sem licitação, funcionando de maneira ilegal, irregular, tratando a concessão pública como um negócio privado, que passa de mãos em mãos, sem a absoluta fiscalização, assim como o que aconteceu com a empresa Expresso Cambará, que, quando o dono morreu, eles simplesmente repartiram as linhas entre outras empresas, como se uma concessão pública fosse um bem privado. Seria a mesma coisa que eu, bancária do Banrisul, concursada, deixasse, no meu inventário, o meu cargo de bancária para a minha família. Isso é inadmissível! É inaceitável! É uma vergonha! É um escândalo que acontece no município de Porto Alegre!

Depois, a auditoria externa do Tribunal de Contas, que também nasceu fruto das lutas passadas, da acumulação de força contra esse abuso, comprovou que a passagem deveria ser R$ 2,60, porque, de maneira desonesta, as planilhas incorporam ônibus que estão parados e que não estão a serviço da população – ônibus, pneu, combustível –, que não eram usados para aumentar o lucro dos empresários. E a população, durante todo o ano de 2012, pagou R$ 0,25 a mais em cada tarifa. Fazendo um cálculo, por baixo, de 800 mil pagantes/dia, nós chegamos a R$ 6 milhões por mês e R$ 72 milhões por ano que foram roubados da população de Porto Alegre! E, mesmo assim, depois de a autoria comprovar essa bandalheira, a Prefeitura sancionou um aumento para R$ 3,05 - a segunda maior passagem das capitais do Brasil! Mesmo as empresas devendo para o povo R$ 72 milhões, eles sancionaram esse aumento abusivo. E, aliás, quando falam, parecem advogados das empresas, e não quem deveria fiscalizar o funcionamento das concessões públicas! Não quem deveria ter feito licitação para garantir a modicidade do preço! Mas, sim, quem deveria investir na Carris, quem deveria ouvir a comissão de negociação, independente dos rodoviários. Ao contrário, quando tentam fazer uma fachada de democracia, criam uma reunião com entidades estudantis vinculadas aos Partidos do Governo e proíbem, Rafael, as entidades que estão contra o aumento das passagens! Proibiram a entrada do DCE da UFRGS! Proibiram a entrada do DCE da PUC! Proibiram os jovens de participar dessa reunião!

Nós entramos, hoje, com um novo pedido de revogação do aumento, a partir da auditoria, a partir da nossa ação popular de 2011, falando da licitação, e a partir da constatação de que as verbas de publicidade do busdoor não estão indo para o plano de saúde dos rodoviários.

Mas o que eu queria registrar é que o determinante, o fiel da balança nessa história será a capacidade de mobilização do povo, da juventude e daqueles que não aceitam a bandalheira do aumento da passagem. Quinta-feira vai ser maior!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu fiquei ouvindo meu colega Alberto Kopittke...O Ver. Mauro Pinheiro me alerta que ele é nosso companheiro do Governo Federal, mas como mudou isso, Ver. Mauro Pinheiro! Antigamente, se o PMDB chegasse perto do PT, diriam: “Não, esse eu não conheço”. Agora, o PT faz questão de dizer: “Você faz parte do nosso Governo”. É verdade. Nós temos o nosso Vice-Presidente Temer. E tem muitas coisas que a Presidente Dilma faz bem: trabalha, é bem intencionada.

Mas, só para refrescar a nossa memória, eu não disse que baixou a arrecadação do FPM; eu disse que, com essa política de desoneração, nós deixamos de crescer a Receita.

Fiquei contente também em saber da força do Ver. Alberto. Ele conversou com o Secretário de Segurança e conseguiu fazer ele contratar 2 mil soldados. Ver. Alberto, acho que agora só vou reclamar para o senhor, não mais para o Governador. Com a sua força, acho que estamos no lugar mais próximo para pedir Segurança a este Estado, que não a tem mais. Não se sabe o que é Secretaria de Segurança, não se sabe mais o que é Segurança. Aqui no Rio Grande do Sul, só se fala em medo. Todos nós temos medo, e não é medo de sair à noite ou de ir aos lugares. O Rio Grande do Sul está com medo de sair para trabalhar. Ninguém quer mais trabalhar em postos de gasolina, porque é um perigo; ninguém quer mais trabalhar em bancos, porque é um perigo; ninguém mais quer ser motorista de táxi, porque está perigoso; ninguém mais quer nem andar de ônibus, porque estão matando gente dentro do ônibus; ninguém mais quer ir a um evento, porque estão matando dentro do evento. Todo mundo está com medo de sair de casa para fazer as coisas básicas, de direito de cada cidadão.

Então, quando formos falar em Segurança, não são só 500 soldados. A Brigada Militar tem trabalhado bastante; a Polícia Civil faz o que pode. O que falta mesmo aqui no Rio Grande é fazer com que o Governador, no qual tínhamos tanta esperança, porque ele tinha sido Ministro... Eu disse: bom, o Guardião, agora que o Governador se elegeu, não vai mais ficar bisbilhotando a vida das pessoas ou dos adversários políticos; o Guardião vai cuidar, de agora em diante, de ouvir a bandidagem, vai cuidar só disso. Eu tinha uma esperança enorme de que isso acontecesse. Vamos cuidar da bandidagem. Mas não é que cresceu mais ainda, Ver. Sabino? Ver. Alberto, não sei o que devemos fazer, sinceramente.

Não trabalhei em Segurança nem em Canoas, nunca fui Secretário de Segurança, mas não dá mais para aguentar a falta de segurança e o medo que está instalado no Rio Grande do Sul.

Amanhã, o Ver. Comassetto está indo para Brasília. Eu acho que não é a Secretaria do Município que tem que cuidar como o seu Governador tenta fazer: o Governador tem que se declarar incompetente e incapaz para cuidar da Segurança pública e ir a Brasília junto com o senhor, que, como diz o Brasinha, é Vereador federal, pedir para que a Guarda de Segurança Nacional venha para o Rio Grande do Sul, porque aqui faliu a Segurança.

Que venha a Guarda de Segurança, Governador Tarso! Que faça isso, que vai prestar um serviço, já que até agora nada apareceu. Parece que ele não quer ser candidato. Pelo menos, acho que não deve. Depois que botou a mão no fundo do Judiciário para pagar conta, acho que está na hora de mudar o candidato, inclusive. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa-tarde a todas e todos que ainda estão no recinto. Vou falar sobre a Pauta, mas, primeiro, eu gostaria de dizer que, já que fugimos bastante dela, apesar de ser conterrâneo do Ver. Idenir Cecchim, lá de Lagoa Vermelha, Ibiraiaras, eu estou aqui ratificando todas as informações que os colegas da Bancada colocaram, Vereador, e acho que temos que seguir por um outro rumo. Eu sou novo aqui na Casa, mas penso que estamos carregando muito nos adjetivos aqui, Ver. Idenir Cecchim. Na sua manifestação no começo da tarde, V. Exa. colocou o Governador como incompetente, falou que a nossa oposição é petulante e coisas desse tipo. Eu entendo que nós estamos numa Casa na qual somos pagos para debater e ter opiniões. O problema é que esse tipo de opinião dá vazão a um verdadeiro ódio na sociedade, de parte a parte. Seguidamente, quando companheiros do PT fazem críticas que eu entendo não consistentes ou que se referem a políticos em geral de outros Partidos, eu tento mediar um pouco ou, no mínimo, ouvir os dois lados. Assim como nós, petistas, encontramos na rua muitas pessoas que se dão o direito de nos xingar, de nos chamar do que querem.

Então, fazer aqui esse discurso carregado nos adjetivos como se tem feito parece-me que incentiva o ódio na sociedade também, e parece-me que não é essa a linha. Posso estar errando e não quero ser aqui o Joãozinho do Passo Certo ou o grande mediador, não quero nada disso, quero só que a política esteja... Que haja o conflito, a diferença - isso é a riqueza -, mas não a ponto de incitar o ódio na sociedade.

Venho aqui para falar de um projeto de lei e já aviso que, quando for para votação, vou-me inscrever para falar talvez as mesmas coisas que direi agora, porque para mim é simbólico. Permita-me a vaidade – não a vaidade porque está ali a minha foto -, porque é a primeira vez que um projeto de minha autoria está correndo Pauta; mesmo que o plenário esteja vazio, para mim tem um simbolismo especial. É especial porque é um projeto de lei que faz uma coisa muito simples – eu gostaria de ver se este será vetado pelo Executivo -, que só faz acréscimos à Lei Complementar nº 560/07, de autoria da Ver.ª Mônica Leal. O meu Projeto institui, no Município de Porto Alegre, o programa de incentivos ao uso de energia solar nas edificações, com objetivo de promover medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar. Ocorre que este Projeto de Lei, aprovado em 2007, deixou de lado uma parte da energia solar voltada para a geração de energia elétrica. Então fiz questão de colocar uma foto minha (Mostra fotografia.) no telhado do meu prédio porque instalei um painel de energia elétrica fotovoltaica no telhado da minha casa que gera energia elétrica dentro do meu apartamento. Nem vou fazer aqui um discurso das energias limpas, estão todos carecas de saber o quanto a energia elétrica fotovoltaica pode reduzir o consumo, inclusive de carvão, a que agora infelizmente teremos que recorrer. A Aneel recentemente regulamentou e obriga as concessionárias a gerarem inclusive um crédito, ou seja, se eu gero mais energia daquilo que estou consumindo, eu fico com um crédito para depois ser descontado.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sgarbossa, primeiro, quero cumprimentá-lo pela iniciativa e pelo Projeto na direção da sustentabilidade. O Senhor acabou de falar aqui uma das complementações que queria ressaltar: hoje já tem na política nacional um marco legal, não só permitindo como comprando o excedente da energia. Amanhã, irei a Brasília, sou Conselheiro Nacional das Cidades - o Ver. Cecchim acabou de referenciar -, e um dos grandes programas da habitação de interesse social, que foi construído por nós, é que toda a residência de habitação de interesse social tem que ter duas questões: reaproveitamento de água e energia solar, ainda não no caso de energia elétrica, mas para o aquecimento de água. Queria cumprimentá-lo e trazer essa complementação. Muito obrigado.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Finalizando, nós temos conhecimento de que o Município criou um Grupo de Trabalho para fazer esse programa de incentivo, para que as residências tenham energia solar, aproveitamento tanto para o aquecimento da água como para geração de energia elétrica. Pelo que verifiquei das informações, pelo que sabemos, não é um grupo que tem andado. Parece que é fundamental que a gente faça, através da Câmara, uma representação, me coloco já à disposição, para compor esse Grupo de Trabalho, para que realmente ande e se estabeleça esse programa de incentivo para que as pessoas passem a utilizar a energia solar de forma definitiva nas suas vidas, para preservar para as futuras gerações. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero comunicar aos senhores e às senhoras que entrei em contato com a Prefeitura de Porto Alegre. Amanhã nós teremos, Ver.ª Fernanda, uma grande movimentação e manifestação novamente. A Prefeitura de Porto Alegre tem a responsabilidade de abrir diálogo com os movimentos sociais que estão se manifestando de forma tão massiva na Cidade. Não é uma pequena manifestação. A última manifestação foi de mais de 5 mil pessoas, massiva, reivindicando a reabertura do debate sobre a passagem de ônibus.

Independente das ações deste Legislativo, cumpre a este Legislativo exigir do Governo Municipal que abra o diálogo, porque nós achamos que pode ser, ao final dessa mobilização toda, que foi pacífica, que foi belíssima na última vez, mas quando não se dá vazão à juventude, quando a juventude tem bloqueios de comunicação, de relação com a instituição, nós infelizmente temos que esperar situações mais graves.

Conversei com o Secretário Busatto no final da tarde de ontem - ele disse que avaliaria; conversei com o Presidente da Casa para que esta Casa pudesse apresentar – e aí fala a nossa Bancada – uma alternativa, Ver. Janta, Ver. Cecchim, de talvez chamar uma Audiência Pública. Na verdade, nós não podemos passar ao largo de uma mobilização muito forte, que está sacudindo a Cidade e que pode ter situações agudas e incontroláveis. Eu acho que o dia de amanhã, é um dia em que nós, como Vereadores, precisamos insistir com o Executivo para encontrarmos canais de comunicação para canalizar essa mobilização toda. Escuto Vossa Excelência, Ver. Janta.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Presidenta Sofia Cavedon, hoje de manhã eu intermediei uma reunião do Presidente desta Casa com os movimentos estudantis, UEE, alguns Centros Acadêmicos, e a proposta que está saindo, junto com a Força Sindical e outras centrais, é de se fazer um grande seminário, um grande debate nesta Casa para se discutir essa questão. Então, acho que a senhora está indo ao encontro disso. Só estamos reformulando isso para apresentar à Mesa, para que isso ocorra aqui na Casa do Povo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Entendo muito positiva, Ver. Janta. Acho que todos nós, adultos, sentimos a angústia. Eu acompanhei a caminhada - já lhe passo a palavra – e quero informar aos senhores e às senhoras que tem muita gurizada adolescente, meninos e meninas de 15, 16, 17, 18 anos, Ver. Idenir Cecchim, em massa, caminhando na rua. E nós temos uma grande responsabilidade com a segurança dessa juventude e com a esperança que eles têm que ter na representação política e na capacidade de intervenção política na sua história. Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Fiz questão de complementar aqui o seu encaminhamento e a fala do meu colega Janta, porque o pedido para que a Cidade atenda é o diálogo. E não é só o diálogo que foi estabelecido há dois dias, do “sim senhor”, ou do “chapa branca”. Tem que ter o contraditório para poder estabelecer uma construção para isso. Portanto, a reivindicação trazida aqui pelo representante da União Nacional de Estudantes e de outros, que possam estar à Mesa debatendo, dialogando e vendo o contraditório para construirmos uma síntese, porque, se o Prefeito exclui os que pensam diferente, não se construirá síntese.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Só um outro encaminhamento: parece-me que a única saída plausível seria a imediata revogação desse aumento, porque os empresários tiveram sobrelucro de R$ 72 milhões em 2012. Portanto, do ponto de vista dos recursos, ganharam bastante à revelia do que deveria ter sido feito nas planilhas anteriores, e discutir - aí a questão é tarifária. A revogação é evidente, é imediata. O povo está clamando. A juventude é que vai às ruas, mas o povo está aplaudindo - isso é uma demonstração de que as pessoas não aguentam mais a tarifa abusiva. Agora, eu quero registrar o fato que li no O Sul21, no dia de hoje, com o qual fiquei muito preocupada: um jovem estava num ônibus e foi preso pela Brigada Militar, levado para a delegacia, agredido, diante de uma declaração que ele deu na imprensa. Isso é ditadura! Isso é ditadura! Um jovem ser preso por uma opinião que deu em qualquer meio de comunicação - isso é inaceitável! E nós precisamos também atuar nesse sentido.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sobre o tema desse jovem, Ver. Fernanda, a Ouvidoria da Brigada Militar já recebeu a denúncia e vai apurar se houve excesso. Então, fica aqui o apelo aos Vereadores da base do Governo. O Ver. Janta, tenho certeza, já está intermediando aqui, mas é necessária intermediação junto ao Governo, para que nós possamos, no dia de manhã, construir uma reunião. O Ver. Engenheiro Comassetto tratou do tema, mas há os coordenadores reais do movimento: DCE da UFRGS, da PUC. Enfim, uma série de entidades não foram convidadas para a reunião com o Prefeito. As duas entidades que estavam reunidas com o Prefeito, mas não têm reconhecimento no movimento. Ninguém aqui está fazendo juízo de valor. Estamos informando o Prefeito de que aquele diálogo não impactou quem organiza o movimento, pelo menos quem representa as entidades que estão puxando o movimento. É preciso ampliar o diálogo. A Ver.ª Fernanda traz aqui os elementos da pauta que está colocada.

 

O SR. ENGº COMASSETTO (Requerimento): Sra. Presidente, eu quero fazer aqui outro requerimento sobre o Conduto Forçado Álvaro Chaves. O CREA acabou de publicar que concluiu o laudo, mas o CREA e as demais entidades se omitiram de vir aqui no debate, eu requeiro que a senhora encaminhe à Mesa, porque esse é um tema que já está aprovado na Mesa, para que, a partir deste momento, possamos convocar novamente o CREA e demais entidades para apresentarem aqui o laudo que elaboraram a respeito do Conduto Álvaro Chaves. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado. Na segunda-feira, a Mesa tratará disso.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sra. Presidente, acho que não temos quórum para fazermos mais nenhum encaminhamento.

 

 A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem Ver. Idenir. Estamos registrando e encaminhando as demandas aqui colocadas. Agradecemos a presença de todas e de todas. Obrigada aos nossos funcionários, às nossas taquígrafas, a todos os funcionários da DL que fazem o apoio a este trabalho do Legislativo. Parabenizo o nosso Legislativo novamente porque é exemplar no uso do gasto com pessoal. Isso está demonstrado no demonstrativo das finanças públicas de 2012. Nossos valorosos funcionários têm grande parte nisso. Obrigada.

Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

(Encerra-se a Sessão às17h8min.)

 

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